IPCA: altas pedem ‘atenção constante à inflação’, diz especialista

Em primeira leitura que computa os efeitos da tragédia no Rio Grande do Sul, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apresentou uma alta de 0,46% em maio, alta de 0,08% frente ao mês anterior.

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). nesta terça-feira (11).

O maior vilão da inflação em maio foi o grupo dos alimentos, que ao pressionar o aumento nos preços, também acendeu alerta no mercado.

“Embora se possa dizer que a inflação está mais benigna do que vimos antes, a robustez da renda e da demanda doméstica prescreve atenção constante à inflação na margem. De todo modo, porém, o grande ‘calcanhar de Aquiles’ continuará sendo a desancoragem das expectativas longas”, comentou Maykon Douglas, economista da Highpar.

IPCA superou a projeção esperada de 0,41%, impulsionado principalmente pelos aumentos nos preços de alimentos, bebidas, habitação, combustível e transporte.

Jefferson Laatus, estrategista-chefe da Laatus destaca a surpresa dos números, que vieram bem acima dos projetados. “Os 9 grupos analisados, 8 subiram, o que é muito ruim”.

O IPCA anual, que mede a inflação acumulada em 12 meses, voltou a acelerar. Após sete meses de desaceleração, registrou um aumento de 3,93% entre junho de 2023 e maio de 2024, marcando a primeira alta anual desde setembro. No período de 12 meses encerrado em abril, a variação foi de 3,69%.

Essa aceleração nos preços foi impulsionada principalmente pelo setor de Alimentação e Bebidas, que teve um aumento de 0,62% em relação a abril.

Chuvas no RS já surtem efeito na inflação

A tragédia no Rio Grande do Sul foi uma considerável variável no índice desse mês. As maiores enchentes da história foram destacadas pelo IBGE, afirmando que, em sua primeira leitura, já estão começando a impactar a economia brasileira, contribuindo para o aumento da inflação.

Segundo André Almeida, gerente da pesquisa, “em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida”. ]

Além disso, ele destaca que parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras.

“Rio Grande do Sul  foi o estado que mais puxou, devido a catástrofe. Para as próximas, teremos ainda mais efeitos da enchente, impacto da alta do dólar e provável reajuste dos combustível”, firmou Jefferson Laatus.

Para Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, parte dessas altas também se deve às fortes chuvas no RS, que além de impactar a produção, reduziram a oferta. 

“Outro segmento que ainda segue acelerando é o setor de serviços, uma preocupação do Banco Central. Serviços subjacentes subiram +0,41% no mês, e mesmo tirando passagens aéreas da conta, o segmento ainda subiu +0,31%”, ressaltou. 

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