Ibovespa hoje: índice retoma 130 mil pontos e ignora prejuízo da Petrobras

Estatal apresentou um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, o primeiro desde 2020

O Ibovespa hoje recuperou a marca de 130 mil pontos, que não era vista desde o final de fevereiro. Nem o prejuízo bilionário da Petrobras (PETR3;PETR4) no segundo trimestre ou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do esperado foram suficientes para conter o fluxo para a Bolsa brasileira. Nesta sexta-feira (9), O índice terminou o pregão em alta de 1,52%, aos 130.614,59 pontos, após oscilar entre máxima a 130.631,17 pontos e mínima a 128.661,52 pontos, com volume negociado de R$ 26,6 bilhões.

Esse foi o maior nível de encerramento desde o dia 27 de fevereiro, então aos 131.689,37 pontos. Com a marca, a principal referência da B3 acumulou uma valorização de 3,78% na semana, o que parecia impensável na segunda-feira (5), quando as principais Bolsas globais caíram diante dos temores por uma recessão nos Estados Unidos e o VIX (Volatility Index em inglês) “índice do medo” de Wall Street chegou a atingir o maior nível desde 2020.

Nos últimos dias, no entanto, o mercado financeiro se recuperou, com novos dados sugerindo uma economia americana ainda aquecida. O número de pedidos de auxílio-desemprego no país, por exemplo, caiu 17 mil na semana encerrada em 3 de agosto, alcançando 233 mil. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 240 mil solicitações.

Com o cenário de maior apetite por risco, o dólar recuou 3,40% na semana. O alívio no mercado financeiro global, com a dispersão dos temores sobre recessão nos Estados Unidos, enfraqueceu a divisa americana, promovendo o investimento em ativos de maior risco e fortalecendo outras moedas. Além disso, a sinalização de relaxamento na postura sobre os juros pelo Banco do Japão (BoJ) tranquilizou investidores de carry trade (operação que busca lucrar com a diferença de juros entre países).

Nesta sexta-feira, o destaque do noticiário doméstico foi a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que avançou 0,38% em julho, acima da mediana das expectativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontavam alta de 0,35%. Dentre os nove grupos de bens e serviços do indicador, sete registraram variações positivas. Assim como em junho, a alta foi menos disseminada entre os segmentos, com os maiores impactos vindo de “Transportes” e “Habitação”.

Alexandre Lohmann, economista-chefe da Constância Investimentos, afirma que os dados revelam um cenário mais desafiador para a dinâmica de preços brasileira. “Em conclusão, o dado é preocupante, especialmente pela decomposição desfavorável e pela aceleração dos núcleos, que apresentaram uma média de 0,43%. No entanto, parte dessa aceleração se deve a fatores pontuais, como o aumento nos seguros de veículos, além de itens voláteis como gasolina e passagem aérea. Assim, embora o número seja preocupante, não é alarmante”, pontua.

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