Ibovespa atingiu recorde intraday, ou seja, com o pregão em funcionamento.
O Ibovespa rompeu sua máxima histórica nesta quinta-feira (15) com o pregão aberto, ao bater os 134.574 pontos, por volta das 13h00 – superando, assim, os 134.392 pontos atingidos no final de 2023.
Na reta final do pregão, a bolsa passou por um leve processo de realização e fechou com alta de 0,63%, aos 134.153 pontos – ou seja, a míseros 0,02% do recorde de encerramento, que permanece, por enquanto, com os 134.193 pontos, de 27 de dezembro do ano passado.
Para entender porque a bolsa chegou nesse patamar e o que esperar para agora em diante, o InfoMoney detalha sete aspectos cruciais para que os investidores melhor se posicionem neste momento.
Fluxo estrangeiro e bancos
Um dos principais motores da recente alta do Ibovespa foi a contribuição significativa dos bancos e o aumento no fluxo de capital estrangeiro. Segundo Victor Furtado, Head de alocação na W1 Capital, as altas recentes não estão sendo puxadas por Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), as empresas mais pesadas do índice.
“Temos os bancos com grande contribuição para alta do Ibovespa, bons resultados corporativos e o crescimento fluxo estrangeiro como catalisadores”, disse. Em agosto, até agora, o ingresso de dinheiro gringo somou R$ 3,2 bilhões – revertendo uma parte das grandes saídas que vinham ocorrendo até o meio do ano.
Lucros e crescimento das empresas
Mesmo sem a perspectiva de corte na Selic em 2024, as projeções de lucros para os próximos 12 meses das empresas listadas têm sido revisadas para cima, fortalecendo a confiança dos investidores. Segundo Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, isso demonstra a resiliência do mercado mesmo diante de um cenário macroeconômico ainda desafiador.
Além disso, setores tradicionalmente prejudicados pela alta da Selic, como construtoras, consumo e varejo, ainda têm espaço para crescimento, como aponta Paulo Abreu, sócio e gestor da Mantaro Capital. Isso porque a perspectiva, sobretudo para o ano que vem, é de juros menores, com emprego e renda em evolução. Esses são fatores macro que puxam a valorização das ações desses setores.
Há também o reflexo da recente safra de resultados do segundo trimestre, que foi marcada por desempenhos robustos das empresas, contribuindo para a alta do Ibovespa. Assim, apontam analistas, as companhias seguem entregando resultados sólidos, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, reforçando a força dos setores financeiros e de consumo.