A referência para os investimentos no Brasil mudou: o Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (1º), cortar a taxa básica de juros para 12,25%. O movimento já era esperado pelo mercado financeiro e afeta a todos, do pequeno ao grande investidor. Por isso, o InfoMoney ouviu analistas para colher recomendações na renda fixa e variável.
Em comunicado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reiterou que o ritmo de cortes de 0,5 ponto percentual é adequado para as próximas reuniões – o uso do plural é elemento importante. Para João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, o comunicado “pode ser recebido como dovish (favorável ao afrouxamento monetário), já que havia a possibilidade de sinalização da manutenção do ritmo de corte apenas na próxima reunião”.
O resumo da ópera: mesmo com o corte já aguardado, analistas ainda veem muitas incertezas no cenário doméstico e optam pela cautela no mercado acionário. Na renda fixa, especialistas voltam a enxergar prêmio nos prefixados. Já o mercado de fundos imobiliários deve ter um movimento de melhora gradual, puxado por FIIs de tijolo.

Pós-fixados
Na segurança da renda fixa, os ativos ligados à taxa Selic – como o Tesouro Selic – e ao CDI – como CDBs –, que acompanham a taxa básica de juros, têm cadeira cativa nas recomendações. “Como não esperamos que a Selic caia abaixo de 8% (ao ano) pelos próximos dois anos, continuamos tendo o CDI como principal indexador em nossa carteira de renda fixa”, diz Ângelo Belitardo, gestor de investimentos da Hike Capital.
Kaique Fonseca, economista e sócio da A7 Capital, diz que para aplicações de curto prazo, ficar atrelado à Selic ou ao CDI é a melhor opção “por causa da previsibilidade e do alto rendimento”.
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