Resultados e principalmente alta no exterior restringiram perdas do mercado por aqui, ainda que o Ibovespa tenha ficado de fora do dia de forte ânimo global
A turbulência na Petrobras (PETR3;PETR4) com a saída do CEO Jean Paul Prates trazendo incerteza para a companhia afetou a Bolsa brasileira nesta quarta-feira (15). O Ibovespa, benchmark da Bolsa brasileira, chegou a cair 1,16%, ameaçando perder os 127 mil pontos, mas passou a registrar uma baixa modesta no início da tarde que se prolongou até o fim da sessão, enquanto os ativos PETR3 e PETR4 caíram entre 6% e 7%. O Ibovespa fechou em baixa de 0,38%, a 128.027 pontos, dando a sensação de um pregão relativamente tranquilo para quem olhasse apenas para os números do fim do dia.
Algumas fatores explicam essa reação a princípio modesta, sendo que algumas passam a ter por uma avaliação sobre as mudanças na Petrobras. Ainda que a saída repentina de Prates e a indicação de Magda Chambriard desencadeiem receios sobre interferência política na estatal, também há a avaliação de parte dos analistas de mercado de que a política de dividendos e de preços de combustíveis não deve ser alterada. Este é o caso da Bradesco BBI, que vê que eventuais mudanças geralmente são fontes de embate que podem potencialmente entrar em conflito com a Lei das Estatais do Brasil e/ou com acionistas minoritários e autoridades legais locais/internacionais (como a SEC).
“Se o diagnóstico estiver correto, as ações poderão se recuperar gradualmente, como em casos anteriores de momentos agitados para a Petrobras”, avaliou o banco. Assim, ainda que em forte queda, as ações da Petrobras amenizaram as perdas de mais de 9% registradas na mínima do dia, o que também ajudou a diminuir as perdas do índice.