Não deve haver surpresa de queda maior da Selic

O mercado não está vislumbrando uma queda da Selic, taxa básica de juros, neste momento. Em maio, a taxa foi fixada em 10,5% ao ano. Naquele momento, foi até aventada a expectativa de uma queda maior nesta reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco central, que começou na terça-feira e termina nesta quarta-feira.

Pressão do governo não falta. Desde o ano passado, há um movimento político junto ao BC para isso acontecer. Mas, para alguns analistas não seria o momento para uma queda de juros mais acentuada, e a opinião é de ela se manter no mesmo patamar, sem surpresa. Porém, esta reunião do Copom se encerra justamente na chamada Super Quarta com decisões sobre juros no Brasil e EUA. Seis analistas comentaram sobre as expectativas tanto por aqui como nos EUA, além de investimentos que valem à pena nesse cenário econômico e o que esperar até o final do ano. De acordo com Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos, planejador financeiro, CGA e sócio da The Hill Capital, a expectativa é de manutenção de juros aqui no Brasil. “A decisão não será surpresa, pois já é um consenso do mercado a manutenção de juros. Mas acredito que o comunicado deve ser mais duro.

“Da última reunião pra cá, tivemos uma piora dos balanços de risco. O dólar, há 45 dias, estava em R$ 5,30 e agora acima de R$ 5,60. Nos modelos do BC, isso é traduzido como mais inflação no futuro. Além disso, o IPCA-15 veio mais pressionado. Por fim, a gente tem visto uma desancoragem das expectativas de inflação. Pelo Boletim Focus, estamos vendo a expectativa de inflação batendo 4,10%, então em função dessa dinâmica, a gente imagina o Copom tendo um tom mais duro”, explica. Carlos Hotz, planejador financeiro e sócio-fundador da A7 Capital.

Na sua opinião, o cenário internacional melhorou desde a última reunião do Copom. Segundo ele, o FED pode iniciar a queda de juros em setembro e isso tende a ajudar nas decisões aqui no Brasil do Comitê de Política Monetária.

“O fato de os EUA derrubarem os juros em setembro pode colaborar para não termos uma precificação de juros para cima por aqui até o fim do ano. O ponto negativo é de fato o preço do dólar que desde a última reunião veio subindo com a desvalorização do real por conta das incertezas fiscais e instabilidades entre o presidente Lula e Roberto Campos Neto, que não é novidade, mas desancora algumas expectativas. Haddad tem feito esforço em acalmar o mercado com falas de Lula, mas isso não é suficiente, precisamos de mais detalhes sobre a responsabilidade fiscal. Na prática, não temos visto esse cumprimento”, comenta.

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