Ibovespa tem maior sequência de altas desde 2017

Saldo do Dia: Há seis anos e meio, em dezembro de 2017, o índice iniciou uma série de altas de 11 pregões seguidos, num rali que se encerrou em janeiro do ano seguinte. Agora, a carteira teórica volta a emplacar o feito e encerra a semana com 70 papéis no azul de um total de 86 ações.

O Ibovespa repetiu um feito que não era visto desde 2017. O principal índice de ações da bolsa brasileira engatou 10 altas ininterruptas neste mês. Até agora, todos pregões de julho fecharam no positivo, embora alguns com ganhos inexpressivos.

Em dezembro de 2017, o índice começou uma sequência de 11 altas que se encerrou em janeiro de 2018. Naquela época, o mercado acionário saía de um fundo, com forte desvalorização após os desdobramentos da Operação Lava Jato e o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. Antes disso, o índice havia alcançado 10 fechamentos positivos seguidos em julho de 2016, há oito anos.

  • O Ibovespa então subiu 0,47%, aos 128.817 pontos nesta sexta-feira, acumulando avanço de 2,08% na semana e 4% no mês. No ano, contudo, o índice derrapa 3,9%;

“O Ibovespa segue em alta, com o apetite tanto do investidor local quanto estrangeiro, com os ativos ainda bastante depreciados, e com uma inflação menor nos EUA indicando início de cortes de juros por lá em setembro. As ações aqui no Brasil seguem reagindo positivamente”, avalia Andre Fernandes, responsável pela área de renda variável e sócio da A7 Capital.

O feito do Ibovespa se torna ainda mais interessante ao relembrar que há cerca de um mês, em 17 de junho, o índice atingiu sua pior pontuação no ano, aos 119 mil pontos. De lá para cá, a valorização foi de quase 8%. Não apenas um ou dois motivos, mas uma convergência de acontecimentos favoráveis tornaram essa façanha possível.

Nem mesmo os dados de inflação ao produtor dos Estados Unidos (EUA) mais além da expectativa foram capazes de aplacar a sede de risco dos investidores. Há algum tempo, o mercado esperava por esta oportunidade: a de ter perspectiva de juros caindo nos EUA para enfim mergulhar em mercados mais arriscados, que estão cheios de ativos descontados.

Também é importante destacar que a recente valorização das commodities contribui para elevar o desempenho do Ibovespa que possui quase metade de seu peso em ações de empresas ligadas a esses setores.

Tanto petróleo, que chegou a subir por quatro semanas, como o minério de ferro, vêm de uma onda de alta. O primeiro é o produto de exportação da Petrobras e o segundo, da Vale. As duas empresas combinadas correspondem a 25% da carteira do Ibovespa.

Embora o dólar tenha recuado nos últimos dias, ele ainda segue com patamar considerado alto e está longe de chegar às previsões do Boletim Focus. Essa “supervalorização” da moeda americana é negativa em frentes como a inflação, mas beneficia as exportadoras brasileiras que têm receitas em dólar.

A conjuntura que une queda de juros, inflação mais fraca, mercado de trabalho mais restrito, melhor confiança nas contas públicas é considerada a receita do bolo de arco-íris. É a nata de boas notícias para quem investe em ativos de risco.

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