O Ibovespa fechou esta sexta-feira, 10, em alta de 1,52% aos 130.615 pontos, com investidores repercutindo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho e o balanço da Petrobras (PETR4). É a primeira vez que o índice fica acima dos 130 mil pontos desde fevereiro deste ano.
No acumulado da semana, o principal índice da B3 subiu 3,79%. Já o real manteve a toada de apreciação após dados do mercado de trabalho americano virem melhores do que o esperado. O dólar caiu mais de 1% e fechou cotado a R$ 5,51.
Ibovespa hoje
IBOV: + 1,52% aos 130.615 pontos
Dólar: – 1,06% cotado a R$ 5,515
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA de julho apresentou uma alta mensal de 0,38%. O número veio ligeiramente acima do consenso do mercado de 0,35%, mas não gerou surpresas entre os investidores. O IPCA acumula alta de 2,87% no ano e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, chegando ao teto da meta da inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital,o dado próximo ao esperado e a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos que vem se consolidando cada vez mais, devem fortalecer a tese de manutenção da Selic em 2024.“Com o IPCA de julho próximo das estimativas, a curva de juros voltou a cair nesta manhã, indicando que a precificação de uma possível alta na Selic em 2024 vai se dissipando.”
O mercado também repercutiu positivamente as falas do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, que surpreendeu o mercado ontem a noite após adotar um tom mais hawkish (tendência para alta de juros) durante uma palestra no 15º Congresso das Cooperativas de Crédito (Concred), em Belo Horizonte (MG). A surpresa se deu ao admitir que, para ele, o balanço de riscos está “assimétrico”, fato não citado na ata.
Outro ponto que chamou a atenção do mercado foi a posição firme em relação aos conflitos com o Executivo do país. Isso porque Galípolo é cotado para ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do Banco Central (BC) a partir de 2025. O diretor afirmou que não faz sentido imaginar que os novos indicados não poderiam votar para uma alta da Selic porque o presidente Lula é crítico a esse nível de juros.
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