O índice terminou o período em alta de 2,56%, passando de 130.614,59 pontos para 133.953,25 pontos.
- Cogna (COGN3)
O Ibovespa subiu 2,56% na semana, passando de 130.614,59 pontos para 133.953,25 pontos. No período, a divulgação de indicadores econômicos dos Estados Unidos deu o tom aos mercados. A inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) desacelerou para 2,9% em 12 meses, abaixo do esperado pelos investidores. Já as vendas no varejo dos EUA cresceram 1% em julho, acima do consenso.
A leitura, no final, é de que a temida recessão não deve acontecer na principal economia do mundo, mas o início do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) continua projetado para setembro. Por aqui, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) também surpreendeu para cima e sustentou as altas do índice. O Ibov engatou quatro altas seguidas na semana (de segunda a quinta), arrefecendo apenas nesta sexta-feira (16) com pressão da queda das commodities no exterior.
“Nessa semana, podemos observar que o investidor estrangeiro segue com apetite para a bolsa brasileira, demonstrando que vê bom crescimento para o país, reforçado pelos bons resultados das empresas em no 2º trimestre de 2024″, diz Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital. “Boa parte dos números surpreenderam positivamente as projeções do mercado, e isso acabou atraindo esse fluxo.”
O momento positivo da Bolsa nesta semana quase fez o principal índice de ações da B3 romper o topo histórico de fechamento, de 134.193,72 pontos, alcançado em dezembro do ano passado. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 3,93%, 2,94%, 5,29% na semana, respectivamente. O dólar caiu -0,86% frente ao real no período, aos R$ 5,47, enquanto o euro subiu 0,07%, aos R$ 6,03.
Maiores altas do Ibovespa na semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram IRB Brasil (IRBR3), BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3).
IRB Brasil (IRBR3): 52,38%, R$ 44,86
Após surpreender positivamente com um balanço forte no 2º trimestre de 2024, as ações do IRB dispararam. Na semana, a alta foi de 52,38%, aos R$ 44,86.
A IRBR3 está em alta de 53,05% no mês. No ano, acumula uma valorização de 1,26%.
BRF (BRFS3): 10,81%, R$ 24,30
Um balanço do 2º trimestre considerado positivo fez as ações da BRF engatarem uma alta de 10,81% na semana, aos R$ 24,30.
A BRFS3 avança 15,38% no mês. No ano, acumula uma valorização de 75,96%.
JBS (JBSS3): 9,43%, R$ 36,45
Na mesma toada que a BRF, a JBS se beneficiou das repercussões do balanço do 2º trimestre. Na semana, as ações saltaram 9,43%, aos R$ 36,45.
A JBSS3 está em alta de 8,1% no mês. No ano, acumula uma valorização de 46,33%.
Maiores baixas do Ibovespa na semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Grupo Natura (NTCO3), Localiza (RENT3) e Cogna (COGN3).
Grupo Natura (NTCO3): -16,33%, R$ 13,83
A recuperação judicial da subsidiária Avon Products fez os papéis da Natura afundarem na semana. As ações cederam 16,33%, aos R$ 13,83.
A NTCO3 está em baixa de -7,37% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -14,73%.
Localiza (RENT3): -12,79%, R$ 42,60
Um balanço pior que o esperado impactou os papéis da Localiza, que cederam 12,79% na semana, aos R$ 42,60.
A RENT3 está em baixa de -2,81% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -31,92%.
Cogna (COGN3): -12,5%, R$ 1,33
Mais sensível à alta de juros, as ações da Cogna sofreram uma queda de 12,5% na semana, aos R$ 1,33.
A COGN3 está em baixa de -12,5% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -61,89%.