Ibovespa hoje: índice se salva de queda maior mesmo com pressão da Petrobras; veja destaques positivos
O Ibovespa hoje terminou o dia em queda de 0,38%, aos 128.027,59 pontos, e com volume negociado de R$ 32,7 bilhões. Nesta quarta-feira (15), a principal referência da B3 oscilou entre máxima a 128.645,75 pontos e mínima a 127.029,30 pontos.
O mercado reagiu à demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras (PETR3;PETR4). À frente da estatal desde janeiro de 2023, a saída do executivo já havia sendo especulada por investidores, em meio a um processo de “fritura” do CEO, que nos bastidores teria um embate com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. “A demissão de Prates acabou sendo vista como uma interferência política, um dos riscos dentro da Petrobras que o mercado mais teme”, destaca Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.
Agora o nome cotado para assumir a presidência da estatal é Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff.
Para analistas, a profissional tem experiência técnica na área petrolífera, mas a mudança abrupta na gestão da empresa gera desconfianças que tendem a penalizar os papéis no curto prazo.
A reação mais modesta do Ibovespa ao fato, no entanto, pode ser explicada pela visão de algumas corretoras que ainda mantêm recomendação de compra para as ações da Petrobras. O Bradesco BBI e a Ágora Investimentos, por exemplo, são algumas das casas que continuam positivas com a petroleira, pois consideram que a turbulência do mercado nesta quarta-feira é uma oportunidade para o investidor, visto que o papel tende a se recuperar no médio e longo prazo.
Outro fator que ajudou a evitar uma queda maior do Ibovespa no dia foi o bom humor das Bolsas americanas. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 1,17%, 0,88% e 1,4%, respectivamente. No dia, foi publicado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que avançou 0,3% em abril ante março. O resultado ficou abaixo da mediana de analistas consultados pela pesquisa Projeções Broadcast, que previam alta de 0,4%.
“O indicador veio melhor que o esperado e contribuiu com a alta na Bolsa americana, com as apostas sobre o número de cortes de juros americanos se consolidando para 2 reduções, em setembro e dezembro”, afirma Fernandes, da A7 Capital.
Nesta quarta-feira, o dólar avançou 0,12% frente ao real na sessão, atingindo R$ 5,1367. O euro, por sua vez, subiu 0,67%, sendo negociado a R$ 5,59 ao final do pregão.