O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira (11), apoiado pelos ganhos de grandes bancos, com destaque para Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3). A principal referência da B3 terminou o dia em valorização de 0,73%, aos 121.635,06 pontos, após oscilar entre máxima, aos 121.759,04 pontos, e mínima, aos 120.757,20 pontos.
Pela manhã, foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que chegou a 0,46% em maio, ficando 0,08 ponto percentual acima da taxa de abril (0,38%). O resultado veio no teto do intervalo de estimativas de analistas ouvidos pela pesquisa Projeções Broadcast, que previam um aumento entre 0,32% e 0,46%, com mediana positiva de 0,40%.
Mesmo com a aceleração da inflação, o Ibovespa conseguiu aproveitar o alívio dos juros futuros para corrigir as perdas enfrentadas nos últimos pregões. Entre as maiores altas do dia, estiveram as ações do Magazine Luiza (MGLU3), que chegaram a subir mais de 8% em movimento de recuperação, após acumularem queda de quase 40% no três últimos meses.
Quem também se saiu bem foram os papéis da Prio (PRIO3), que acompanharam o movimento de alta dos contratos futuros de petróleo nesta terça-feira. “A empresa divulgou bons números operacionais. Além disso, expectativas de novas altas em relação ao petróleo devido ao verão intenso na Europa podem aumentar a demanda por combustível”, afirma Andre Fernandes, especialista em mercado de capitais e sócio da A7 Capital.
Os papéis de grandes bancos também deram suporte ao Ibovespa no dia, sendo que as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e do Itaú (ITUB4) lideraram os ganhos do setor. “É um segmento que não tem andado, com quedas mais recentes, o que estimula essa recuperação”, afirmou Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos, ao Broadcast, acrescentando que a curva de juros em baixa também tende a aumentar o apetite ao risco do consumidor pelos papéis.
Na ponta contrária, as ações da Suzano (SUZB3) ficaram entre os principais destaques negativos do Ibovespa, em movimento de ajustes técnicos após uma sequência de altas, incluindo a de segunda-feira (10), quando os papéis da empresa encerraram em valorização de 2,14%. Ao Broadcast, Julia Monteiro, analista da MyCap, também citou que o fato de a companhia ainda não ter concretizado a compra da International Paper se tornou um fator de risco para as suas ações. “A possível compra da International Paper contribuiu para uma apreciação do papel. Agora, porém, isso se tornou um risco, pois o negócio ainda não foi anunciado”, acrescentou.
Como é calculado o Índice Ibovespa?
O sistema de pontos Ibovespa busca representar o comportamento dos preços do conjunto de ações nos pregões administrados pela B3. Cada ponto equivale a 1 real. Assim, uma carteira com uma composição idêntica à do índice custa aproximadamente R$ 120 mil, que é a quantidade de pontos do Ibovespa.
Apesar de a pontuação ser importante para compreender a valorização da Bolsa, a variação de pontos durante um período é referência mais relevante para entender e comparar o desempenho das ações e de fundos de renda variável. Dessa maneira, qualquer investimento do tipo deve ter uma rentabilidade maior do que essa taxa para ser considerado bom.
A flutuação do índice reflete a expectativa dos investidores em relação aos ativos e aos cenários interno e externo. Quando a pontuação do Ibovespa sobe, significa que, na média, as ações que a compõem se valorizaram. O movimento de queda indica que boa parte dos papéis fechou o dia no vermelho.