São Paulo, 24 de outubro de 2023 – A guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, iniciada no último dia 07, em que foram ceifadas muitas vidas, gera comoção internacional e tensão no mercado financeiro com o temor de uma escalada devido à possibilidade de entrada de novos atores, mas as ações ligadas ao petróleo são favorecidas.
“Como se tratam de grupos extremistas, você acaba naturalmente virando alvo da oposição, digamos assim. Se o Irã, Iraque e outros países da OPEP [Organização dos Países Exportadores de Petróleo] passam a se posicionar – porque ficam pressionados – , começam a virar alvo e entra em guerra, vai passar pelo petróleo, não tem jeito”, analisa Renan Suehasu, especialista em mercados de capitais e sócio da A7 Capital.
Suehasu lembra que os Estados Unidos e a Europa já vem há um tempo tentando controlar pressões inflacionárias e destaca que essa dificuldade tende a piorar se o preço do barril do petróleo estiver elevado por causa da guerra. “O petróleo tem um impacto muito grande na inflação, uma vez que impacta transportes, setor de logística e produtos – serviços não muito”, explica. ” A alta do combustível vai contaminando a cadeia como um todo”.
Com as pressões inflacionárias sofridas pelos países desenvolvidos, os bancos centrais se vêem impelidos a aumentar a taxa de juros, atraindo “investidores globais que não querem correr risco em troca de um retorno razoável”, conforme o sócio da A7.