Com a Selic a 12,25% ao ano, especialistas voltam a ver janela de oportunidades em prefixados, com destaque para os papéis mais curtos e intermediários
A sinalização explícita e unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de que irá manter o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões deve ter o efeito de acomodar os juros do mercado de renda fixa em níveis mais moderados, a avaliação é do economista-chefe da Gauss Capital, Darwin Dib.
Para ele, a razão é que é preciso considerar a elevação das incertezas externas, com a recente alta do juro no mercado americano e a exacerbação do risco geopolítico na conta.
Semanas antes do Copom, as taxas de CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de médio e longo prazo, por exemplo, registraram alta, acompanhando o movimento dos juros nos Estados Unidos.
Kaique Fonseca, economista e sócio da A7 Capital, diz que, para aplicações de curto prazo, ficar atrelado à Selic ou ao CDI é a melhor opção, diante da previsibilidade e do alto rendimento.
Títulos atrelados à inflação também tem vez, especialmente se o foco do investidor for no longo prazo, já que eles protegem mais o investidor em um cenário conturbado, avalia Fonseca. Para ele, as taxas estão “interessantes” devido à piora no cenário internacional e o risco fiscal mais latente no Brasil.