O Ibovespa não conseguiu nesta terça-feira sustentar recuperação pelo segundo dia após ter interrompido na segunda-feira, em leve alta de 0,15%, sequência de seis perdas que o havia colocado aos 124 mil pontos, já então em torno dos menores níveis do ano. Nesta terça-feira, na mínima da sessão, o índice da B3 (BVMF:B3SA3) resvalou para os 123.537,03 pontos (-0,77%), e fechou ainda em baixa de 0,58%, aos 123.779,54, a pior marca de fechamento de 2024, que o coloca, agora, pouco acima do nível de encerramento de 14 de novembro passado, então aos 123.165,76 pontos. Em 2024, o Ibovespa recua 7,75%, com perda de 1,70% em maio, faltando ainda duas sessões para o fim do mês.
Nesta terça-feira, o giro convergiu para a média recente, a R$ 21,4 bilhões, após o feriado da segunda-feira nos Estados Unidos, que havia enfraquecido o volume diário. Na semana, no agregado de duas sessões, o Ibovespa recua 0,42%.
Após sustentar leves ganhos até o começo da tarde, tentando engatar o segundo dia de estabilização, o Ibovespa se firmou em baixa, aquém dos 124 mil pontos, nas mínimas da sessão.
O dia do Ibovespa, grosso modo, foi um cabo de guerra entre Petrobras (BVMF:PETR4) e Vale, com a piora da mineradora ao longo da tarde definindo o rumo do fechamento. Petrobras, que chegou a mostrar ganhos na casa de 2% a 3% no começo da tarde, acomodou-se também em nível um pouco mais baixo, com a ON em alta de 1,76% e a PN, de 2,13%, no fechamento.
Fatores internos também tiveram algum peso no ajuste observado no Ibovespa nesta terça-feira, aponta Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital. “Apesar do IPCA-15 ligeiramente melhor que o esperado, e apresentando nova desaceleração nos serviços subjacentes, o que animou os mercados na abertura, o resultado do governo foi pior do que se esperava, apresentando novo crescimento da dívida pública – o que acaba colocando em ‘xeque’ o trabalho para tentar aliviar as expectativas de inflação”, diz Fernandes.