A inflação oficial de preços voltou a acelerar e subiu 0,38% em abril, ante variação de 0,16% registrada no mês anterior. Já na comparação anual, a inflação caiu. Em abril de 2023, a variação havia sido de 0,61%. Conforme as informações divulgadas nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o ganho de ritmo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi puxado pela alta dos alimentos e dos remédios.
Nos últimos 12 meses, a inflação foi de de 3,69%, abaixo dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O que é o IPCA?
O índice oficial de inflação do Brasil é calculado a partir de uma cesta de 377 produtos e serviços. A escolha pelos itens tem como base o consumo das famílias com rendimentos de um a 40 salários mínimos. O cálculo final considera um peso específico para cada produto analisado pelo indicador.
O IPCA leva em conta a evolução dos preços em nove grandes grupos. As análises consideram as variações apresentadas por itens das áreas de alimentação e bebidas, artigos residenciais, comunicação, despesas pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e vestuário.
O levantamento mensal é feito nos grandes centros urbanos do país. Para isso, o IBGE considera as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal. Há ainda pesquisadores nos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Como avalia o mercado
IPCA teve alta pouco acima da expectativa de 0,34% do mercado financeiro. Ainda assim, os analistas avaliam que a oscilação não traz novidades significativas. Para os próximos meses, a alta dos alimentos deve persistir. Na minha visão, o grupo de alimentação deve seguir pressionando a inflação, por conta da tragédia no Rio Grande do Sul, que é um grande produtor de alimentos do país, principalmente no arroz.André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital